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Músicas

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MAS QUE DROGA

(Foto: www.novellos.blogspot.com)

A pressão mundial para a legalização surtirá efeito a curto ou médio prazo, inevitavelmente. Legal ou não, as drogas são um ônus social e um custo ao Estado, sob vários aspectos, direta ou indiretamente, seja na área da saúde ou judicial, dentre outras. Presentes desde o início da humanidade, o homem sempre encontrou meios lícitos ou não de produzi-las. Na primeira metade do século 20, os americanos fabricavam caseiramente uísque até de milho para driblar a Lei Seca. A droga sempre foi uma questão posta em qualquer sociedade, em qualquer época. Droga por droga, ao governo interessa as que podem gerar arrecadação superior aos gastos gerados pelas mesmas. A aritmética é banal: droga que não gera imposto gera prejuízo; droga que gera imposto gera lucro. Mas há que se ter, sempre, da parte do Estado, um discurso politicamente correto que embase a proibição e que mostre preocupação humanitária e não econômica, uma vez que a legalização alavanca o consumo e os consequentes gastos estatais. Assim, a discussão sobre a legalização do uso das drogas na perspectiva humana é hipócrita, uma vez que as drogas, comprovadamente, individual e socialmente mais danosas, são as legais, o tabaco e o álcool. Unicamente, sabe-se, são legais por gerarem tributos ao Estado. O discurso oficial é outro, mas o real é este. A lógica é mais ou menos a mesma usada por Bush para a invasão do Iraque: falsa justificativa humanitária, e de fato interesse econômico pelo petróleo. Segundo um delegado me informou, maconha não é taxável, portanto, segue sendo ilegal, apenas por não dar possibilidade de lucro para o Estado. Não sou usuário, nem favorável à legalização ou não. Não sou favorável à hipocrisia, isto sim, vício e doença bastante mais nefasta. Legalizada a maconha, qualquer maconheiro a plantaria num vasinho em casa com a qualidade a que está acostumado. O mesmo é inviável para o usuário - ou pelo menos bastante complicado – em relação a álcool e tabaco. Por outro lado, a maconha legalizada e vendida em maços em qualquer padaria ou boteco não seria comprada pelo consumidor, posto que, industrialmente produzida, não teria a mesma qualidade da artesanal. Seria ignorada pelo dependente, que vem de uma cultura safa. Então, o governo não arrecadaria centavo num cenário deste. Conhece-te a ti mesmo. Conhece tua sociedade e teu governo. O capital, a política nacional e o neoliberalismo alimentam-se da espoliação do homem e sua maior arma de convencimento velado é a adulteração das causas reais, a mentira maquiada e o acobertamento das reais intenções. Sua grande propaganda é de foco subliminar ou explícita, embora parcial. Já está em tempo de pararmos de sermos um povo ingênuo, que é enganado e ao final das contas não tem certeza se realmente o foi. Somos promíscuos, rodeados por promíscuos, sonhando com um mundo de virgens, mas sempre sendo currados como se isso não fosse o comum e o esperado. Acreditamos nos papéis sociais e nos roteiros embutidos nestes, embora a ação dos atores não seja condizente com seu texto, nem a orientação dos diretores. Seguem outras marcas. Contudo, reiteradamente, o óbvio nos deixa perplexos. Reelegemos um Sarney ou um Collor e depois ficamos pasmos quando estes canalhas nos estupram a dignidade. Sarney e Collor, dentre outros da mesma espécie, estão certos, são coesos com seus carateres e ideais de exploração com fins ao poder e ao enriquecimento desmedidos. Nós é que, errados, somos em nada coerentes: esperamos um tipo de conduta digna, mas elegemos e reelegemos serpentes e escorpiões para nos representarem ou governarem. Como diria Brecht, “será que governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira são coisas que custam a aprender?”. Por isso respeitamos um deputado ou um vereador, mas não um lixeiro. Quando, em geral, o lixeiro é muito mais digno de respeito (como pode este homem sujo, rude, sem educação nem cultura ser mais digno do que aquele cavalheiro de terno e gravata, perfumado, diplomado, refinado? Mas, em geral, o é…). No caso das drogas, as únicas saídas são educação, trabalho e dignidade. Não há atalhos. O único atalho existente é entre o usuário de drogas e a cadeia: 70% dos detentos no Brasil ligados à droga são pequenos usuários, com bons antecedentes, primários, não vinculados ao uso de armas e ao narcotráfico. No Brasil, comprovadamente, o narcotráfico lava dinheiro nas bolsas, em casas noturnas, bingos, boates, restaurantes, joalherias, seguradoras, casas de câmbio e de objetos de arte, dentre outros. Isto já está fartamente provado e seguimos fingindo que os chefes do trafico são os bandidos malvados que estão, malvestidos, nos morros cariocas e periferias paulistanas ou nas prisões de segurança máxima. Embora saibamos que ostentam ternos, togas e comendas, e lotam tribunais, câmaras, empresas e bancos. As AK-47 e AR-15 são as armas do exército do tráfico, mas os diplomas e os cartões de crédito internacionais são as armas dos grandes traficantes no topo desse organograma. Os soldados e os oficiais menores do tráfico estão nas favelas, mas, os generais, nos clubes privados e condomínios de luxo. Óbvio que os próceres da sociedade não são presos. Talvez assumir que nossas instituições cheiram mal, putrefatas, seria um duro golpe em nossa identidade e autoestima. Ou na do sistema que autorizamos. Então, seguimos fingindo que os mocinhos não são bandidos. E preso continua sendo o pessoal que está na quebrada fumando seu baseado, ouvindo seu reggae ou seu rap, bodes expiatórios pobres e pretos. Afinal, no Brasil, o usuário é tratado como traficante, e o traficante real é tratado como doutor, meritíssimo, excelência…

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

DESABAFO

(Foto: www.afresquinha.blogspot.com)

Lamentável. Lula implodiu os pilares de sua biografia. Fundou o PT erguendo bem alto a bandeira da ética e o que se vê hoje é um homem malandramente conivente com casos de corrupção maiores do que os que ele, enquanto oposição ou sindicalista, enfrentava indignado. Dilma Roussef pode ser boa técnica, desenvolvimentista etc., mas é uma mulher totalmente desqualificada para exercer a presidência. Dilma é um Serra de saia com qualidades muito menores e defeitos muito maiores que os do governador de São Paulo, além do que sua maturidade política e experiência são infinitamente menores que as de Serra. Dilma é uma mulher estressada, com queixo de vidro e pouco jogo de cintura. Femininamente insegura e autoritária em sua essência e com sérias falhas de caráter. Pega já em algumas ocasiões mentindo em curto espaço de tempo - no caso do dossiê de FHC, nos mestrados e doutorados fantasiosos na Unicamp (talvez, inconscientemente, ela quisesse ter uma formação intelectual mais consistente, mais elitizada, mas um mestrado e um doutorado em economia numa Unicamp não é mesmo para qualquer um) e, por último, no caso do encontro com a Sra. Lina Vieira. Dilma já se mostrou muito à vontade na conivência com a corrupção. Quem é conivente com corrupção, corrupto é. Como lamentavelmente tem sido corrupto Lula. Portanto, antes de chegar à campanha, já vemos que Dilma é corrupta. O próximo capítulo é conhecido: no palanque, ela vai tentar nos provar que não é corrupta. Não há que se usar meias palavras, há que se dar nome aos bois… e às vacas. Dilma está indo com muita sede ao pote, isso é visível. Está inebriada com a possibilidade de ser presidente. Felizmente, a boa nova é Marina Silva, que tirará votos de Dilma. Marina, sim, equilibrada, preparada, consistente, digna, com uma causa fundamental para todos. Se Marina for eleita será muito provavelmente uma excelente estadista. Se não for, poderá tirar dona Dilma do páreo. Então, Marina vem para nos redimir sob qualquer perspectiva. Dilma, se chegar à presidência, com tanto poder, o quanto não manipulará, dado que já demonstrou este desvio? Já, quanto a Sarney… Este é completamente inqualificável. Talvez, o maior cafajeste que este país conheceu da última metade do século passado para cá. Ganha em canalhice de qualquer político que possa se alinhar com ele: Maluf, Quércia, Collor, Roriz, Cunha Lima, ACM, Barbalho, de qualquer pulha dos tantos do Judiciário e de qualquer empresário ou pastor bandido, maior do que Dantas e Macedo. Sarney é a ponta de um iceberg que tem ascendência sobre sua base cravada em grande parte da máquina administrativa federal e estadual, do PMDB e do setor elétrico com uma vasta corja de corruptos a seu dispor… Mas, ele está velho, é um homem trêmulo e frágil, e em poucos anos ou até menos já não estará, forçosamente, no poder. Tem um encontro marcado, intransferível e inadiável, com seu velho amigo Toninho Malvadeza, que o aguarda calorosamente. Afinal, se Dante, conduzido aos círculos infernais, guiado por Virgílio, encontrou condenados pelos seus atos errantes na Terra muitos religiosos, santos, filósofos, ícones da mitologia grega, Judas e vários personagens, podemos crer que Sarney, como ilustre que é, terá o seu lugar cativo entre tantos outros ilustres.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

QUEM SOU EU

Minha foto
Salvador, BA, Brazil
Sou paulista, tenho 44 anos, e a seis anos moro em Salvador, Bahia, aonde vim fazer meu mestrado em arte-educação na Universidade Federal da Bahia. Sou professor de Metodologia de Pesquisa Científica na Faculdade São Tomaz de Aquino, nos cursos de Direito, Pedagogia e Comunicação. Presto serviços em Metodologia de Pesquisa Científica - minha especialidade - e Redação pela TEXTO&CONTEXTO: cursos, consultoria e normatização para textos científicos. Tenho atuado a mais de 15 anos junto a alunos de graduação e pós-graduação de universidades como UFBA, Uneb, USP, Unicamp, Unesp, UFPE, UFSC, FGV e universidades de Portugal e África, dentre outras. Em 2008, iniciei disciplinas no doutorado em Educação na UFBA como aluno especial.

ESTRADA

  • Nasci em São Paulo, capital, e fui criado no bairro da Moóca, tipicamente de classe média italiana, nascido como bairro proletário.
  • Nos anos de 1987 e 1988 fui membro individual da Anistia Internacional e em 1989 fui membro de grupo, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.
  • Em 1989, iniciei bacharelado no Instituto de Artes da Unicamp.
  • Em 1993, trabalhei como voluntário responsável pela biblioteca no Centro Boldrini, hospital referência no tratamento do câncer infantil, em Campinas.
  • Em 1996, com mais seis amigos, fundei o Centro de Cultura e Convívio Cooperativa Brasil, em Campinas.
  • Em 2000, escalei o vulcão Villarica, no Chile, o mais ativo da América do Sul, com quase 4 mil metros.
  • Em 2001, conclui especialização em Metodologia de Pesquisa Científica pela Unicamp.
  • Em 2003, graduei-me na ABADÁ-Capoeira.
  • Em 2007, conclui mestrado na área de arte-educação pela UFBA.
  • Desde 2007, sou membro da Igreja Batista da Graça.
  • Atualmente, sou Membro Internacional e de Rede de Ação Urgente da Anistia Internacional, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.

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