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Músicas

sexta-feira, 13 de março de 2009

RONALDO É GENTE.

(Foto: sergiolira)

Mais do que por sua velocidade espetacular, seus dribles geniais e seus inúmeros gols, mais do que por seu futebol maravilhoso, suas superações, suas conquistas, sua humildade e simpatia, Ronaldo é por todos admirado, acima de tudo, porque demonstra humanidade. Não é perfeito. Tem defeitos. Claro, fora de campo também erra: “faz uma noitada” irresponsável, se envolve com um travesti, casa inúmeras vezes (algumas de forma relâmpago), perde a forma, recupera a forma. Mas, acima de tudo, demonstra o que falta a muitos de nós: é gente de carne e osso com uma humanidade latente. Ronaldo não é hipócrita. Faz declarações ponderadas, se expõe. Detém prêmios, títulos e recordes históricos: maior artilheiro da história das copas do mundo! Nem Pelé, nem Maradona: Ronaldo; segundo maior artilheiro da seleção brasileira, perdendo apenas para Pelé; e o mais jovem a receber o prêmio de melhor jogador do mundo pela FIFA com apenas 20 anos. Quais jogadores mais têm a capacidade de, com mais um eterno retorno e um gol, emocionar rivais, torcidas do Brasil e do mundo todo e emplacar manchetes pelo globo? Isto não se deve apenas ao futebol genial de Ronaldo, pois futebol genial não falta ao Brasil e ao mundo. Ronaldo não tem vergonha de errar, pelo simples fato de que todos erramos e ele, humana e humildemente, sabe disso. Quantos desacertos baixos camuflados o tempo todo por quase todos. Quanta canalhice cotidiana, quanta pisada na bola, especialmente pelos que têm mando de campo neste País e no mundo: Mas, Ronaldo não dissimula e essa é uma qualidade única. Isso é coragem e simplicidade, tão desprestigiadas hoje em dia. Por isso, qual um Guga, quem realmente popularizou o tênis no Brasil, dado o seu carisma, Ronaldo é querido por todos: colegas, treinadores, torcedores, adversários, ex-jogadores, jornalistas, crianças, até por quem não gosta e não entende de futebol. Um repórter do CQC pergunta a um palmeirense: “Ronaldo vai marcar?”. “Vai” - a resposta - “só que o Palmeiras vai ganhar!”. Onde e quando já se viu isso entre arquirrivais?! Gaúcho, Kaká e Robinho são estrelas. Estão pregados no firmamento com seus brincos de brilhantes. Ronaldo é craque fincado na terra, por isso a identidade. Kaká é príncipe e Adriano, imperador, por isso não há identificação. Estão longe do alcance do coração do povo. Ronaldo corre nas veias, é boleiro. Kaká não comete erros, é perfeito: melhor do mundo, apolíneo, ético, casado com uma princesa, milionário, não causa polêmicas, crente, bom filho, bom moço. Há quem questione sua humanidade. Será uma superpessoa ou talvez um andróide? Como diz Zélia Duncan: “Quem se diz muito perfeito, na certa, achou um jeito insosso pra não ser de carne e osso”. Mesmo Marcelo D2 homenageia Ronaldo com uma composição - “Sou Ronaldo” - e traduz: “O meu desejo é ser criança e não perder a esperança de ver o jogo mudar”. Lula - amante do futebol, peladeiro, corintiano declarado e roxo - poderia, muito mais que Ronaldo, ter feito o jogo mudar. Afinal, Lula é o dono da bola. Lula talvez fosse amado tanto quanto Ronaldo se não escondesse seus erros, que são bastantes; talvez tantos quantos seus acertos, estes estrategicamente e muito propagados. Mas, Lula é aprovado, não é amado. Ronaldo não. Ronaldo é provado e é amado… Ronaldo se joga no alambrado à torcida. Ele está em casa. Uma casa muito engraçada, de chão verde, não tem teto, não tem parede. Em seus olhos, um brilho de prazer pelo mar de gente, mar de ondas e sons. Espectador privilegiado, tal um popstar no palco, muito mais extasiado que sua própria platéia sem que o saibamos. Ronaldo, gente boa!

IDENTIDADE CULTURAL.

(Foto: Sebastião Salgado)


Entrepostos mantêm-se abastecidos pelo produto dos sequestros fratricidas praticados entre tribos rivais e pela ação de mercenários e negreiros em regiões descontínuas da “Costa dos Escravos”, Golfo de Benin: angolas, hutus e outros homens e mulheres escravizados vindos de todas as partes do território que irão - a pauladas e já com monogramas marcados a ferro quente - abarrotar os navios negreiros em meio a febres e diarréias. Carga viva (peças de mercado: uma de quinze anos, ou duas de sete, em média), assustada e seminu, que não ultrapassará, muito provavelmente, os dez anos de vida útil nos canaviais brasileiros. Na praia - em Wuidá, antes do embarque – têm que dar voltas rituais e estratégicas em torno da “árvore do esquecimento”, quando, supunha-se, perderiam sua memória, esquecendo seu passado, suas origens, sua identidade cultural, como imunidade ao banzo que matava na viagem e para se tornarem seres sem nenhuma capacidade de reação e rebeldia, para uma travessia caracterizada por maus tratos, espancamentos preventivos e má alimentação. Traficando ao Brasil, os negreiros trazem homens coisificados e desumanizados, “servus non habent personam”: sujeitos sem alma, antepassados, nome ou bens próprios. Insanamente, por meses, homens da tripulação navegam no fio da navalha, lidando a seu ver com animais, seres inferiores, mas, de fato, com um carregamento multiétnico de corpos e espíritos livres e diversidade cultural explosiva. O caldo cultural adequado para práticas que viriam a se configurar, já no Brasil, como - dentre outras tantas em gestação - o jogo da capoeira e o samba…

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

QUEM SOU EU

Minha foto
Salvador, BA, Brazil
Sou paulista, tenho 44 anos, e a seis anos moro em Salvador, Bahia, aonde vim fazer meu mestrado em arte-educação na Universidade Federal da Bahia. Sou professor de Metodologia de Pesquisa Científica na Faculdade São Tomaz de Aquino, nos cursos de Direito, Pedagogia e Comunicação. Presto serviços em Metodologia de Pesquisa Científica - minha especialidade - e Redação pela TEXTO&CONTEXTO: cursos, consultoria e normatização para textos científicos. Tenho atuado a mais de 15 anos junto a alunos de graduação e pós-graduação de universidades como UFBA, Uneb, USP, Unicamp, Unesp, UFPE, UFSC, FGV e universidades de Portugal e África, dentre outras. Em 2008, iniciei disciplinas no doutorado em Educação na UFBA como aluno especial.

ESTRADA

  • Nasci em São Paulo, capital, e fui criado no bairro da Moóca, tipicamente de classe média italiana, nascido como bairro proletário.
  • Nos anos de 1987 e 1988 fui membro individual da Anistia Internacional e em 1989 fui membro de grupo, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.
  • Em 1989, iniciei bacharelado no Instituto de Artes da Unicamp.
  • Em 1993, trabalhei como voluntário responsável pela biblioteca no Centro Boldrini, hospital referência no tratamento do câncer infantil, em Campinas.
  • Em 1996, com mais seis amigos, fundei o Centro de Cultura e Convívio Cooperativa Brasil, em Campinas.
  • Em 2000, escalei o vulcão Villarica, no Chile, o mais ativo da América do Sul, com quase 4 mil metros.
  • Em 2001, conclui especialização em Metodologia de Pesquisa Científica pela Unicamp.
  • Em 2003, graduei-me na ABADÁ-Capoeira.
  • Em 2007, conclui mestrado na área de arte-educação pela UFBA.
  • Desde 2007, sou membro da Igreja Batista da Graça.
  • Atualmente, sou Membro Internacional e de Rede de Ação Urgente da Anistia Internacional, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.

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