Seguidores

Músicas

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CACHORRO.

(Foto: Soubim)

Ouço a lembrança dos fortes latidos de meu cão. Vejo pupilas molhadas de muita personalidade canina. Presa na grade, a pequena cabeça luta para viver, onde minha mão estoura o velho ferro para não morrer o que já se ama. Um lapso agudo e urgente do que é amar. Ao fundo, quieta, a grama, como cobrindo todos nós. Lembro a convulsão de minha pequena cadela envenenada e o chamado do cão. Penso no que se perde e no que se deixa por tão pouco e por tão vício e por tanta ruindade. Passa por mim, como vulto, a cachorrinha já sendo socorrida por eles. Por minha irmã, por minha mãe, por meu irmão. Puros em desespero de almas acuadas e apartadas na madrugada da amargura. Passa por meu irmão e por meu filho que morreram e que não vi que morreram. No escuro e no frio. Que não vi e que não vejo. Quanto mais consigo ser cego? O que eu vejo, já, é a longa agulha e o médico e o susto e o medo e a dor e o passado e a outra cidade e o carnaval e a violência e o apego e a mulher. A mulher que foi e a mulher que será. A mulher que é. E o sono de meu pai. A ausência do corpo e o sono à beira da cama no tapete. Inquieta por não se suster nas próprias pernas, por não me suster no medo mesmo de se ir. O abandono. O ser só. O medo, imensurável, de se perder o que não se tem... Então, corto e reflito nas eleições presidenciais daquele ano de 1996, do calendário cristão dos Estados Unidos da América. Estes Estados Unidos e imperiais foram naquele momento uma nação com um risco apenas zunindo e ecoando da boca de um Jirinowski de verem-se convergir a outro neofascismo, depois concretizado por Bush. O que luta por não reconhecer a fragilidade e os direitos das minorias. Aquele mesmo que deportou pessoas para longe de suas famílias e casas. Idêntico ao que não sente os filhos pelos quais as mães choram, perdidos todos os que choram e os que se perderam. E um homem e uma mulher já não poderão, rindo, caminhar de braços dados completamente banhados do outro...

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

QUEM SOU EU

Minha foto
Salvador, BA, Brazil
Sou paulista, tenho 44 anos, e a seis anos moro em Salvador, Bahia, aonde vim fazer meu mestrado em arte-educação na Universidade Federal da Bahia. Sou professor de Metodologia de Pesquisa Científica na Faculdade São Tomaz de Aquino, nos cursos de Direito, Pedagogia e Comunicação. Presto serviços em Metodologia de Pesquisa Científica - minha especialidade - e Redação pela TEXTO&CONTEXTO: cursos, consultoria e normatização para textos científicos. Tenho atuado a mais de 15 anos junto a alunos de graduação e pós-graduação de universidades como UFBA, Uneb, USP, Unicamp, Unesp, UFPE, UFSC, FGV e universidades de Portugal e África, dentre outras. Em 2008, iniciei disciplinas no doutorado em Educação na UFBA como aluno especial.

ESTRADA

  • Nasci em São Paulo, capital, e fui criado no bairro da Moóca, tipicamente de classe média italiana, nascido como bairro proletário.
  • Nos anos de 1987 e 1988 fui membro individual da Anistia Internacional e em 1989 fui membro de grupo, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.
  • Em 1989, iniciei bacharelado no Instituto de Artes da Unicamp.
  • Em 1993, trabalhei como voluntário responsável pela biblioteca no Centro Boldrini, hospital referência no tratamento do câncer infantil, em Campinas.
  • Em 1996, com mais seis amigos, fundei o Centro de Cultura e Convívio Cooperativa Brasil, em Campinas.
  • Em 2000, escalei o vulcão Villarica, no Chile, o mais ativo da América do Sul, com quase 4 mil metros.
  • Em 2001, conclui especialização em Metodologia de Pesquisa Científica pela Unicamp.
  • Em 2003, graduei-me na ABADÁ-Capoeira.
  • Em 2007, conclui mestrado na área de arte-educação pela UFBA.
  • Desde 2007, sou membro da Igreja Batista da Graça.
  • Atualmente, sou Membro Internacional e de Rede de Ação Urgente da Anistia Internacional, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.

MEUS CONTATOS