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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

BRASIL DE FATO.

(Foto: Sebastião Salgado)

Na favela, no Senado, sujeira pra todo lado... (Renato Russo)

Dados da Transparência Brasil - ONG dedicada a mapear os procedimentos dos parlamentares brasileiros nas esferas federal, estadual e municipal - demonstram o Senado Federal brasileiro como a instituição parlamentar mais cara do mundo! (a respeito, o estudo “Os custos do Congresso”, no site da ONG). "No que diz respeito à verba ‘indenizatória’, os senadores, assim como os deputados federais e outros parlamentares brasileiros, têm direito a um estipêndio mensal para gastos tais como correio, combustível, aluguel de escritório e outras despesas. No Senado esse auxílio é de R$ 15 mil. Se o senador apresentar notas em um montante inferior aos R$ 15 mil em um mês, a quantia não utilizada fica à sua disposição no mês seguinte. A possibilidade de dar destino ao montante acumulado é encerrada ao fim de cada semestre. Além desse benefício, os parlamentares contam com outra quantia mensal para o deslocamento às suas cidades de origem, além do uso de carros oficiais e outras regalias, como contratar inúmeros ‘assessores’ pagos à custa do erário”. Três Senadores - dignos de nota - dispensaram o benefício: Jefferson Peres (in memorian), Marco Maciel e Pedro Simon. Sabe-se que Jefferson Peres era tido por aliados e opositores como homem íntegro e Pedro Simon tem a notoriedade de ser dos políticos brasileiros mais éticos. Na tabela de dados da ONG sobre os gastos no trimestre fev./mar./abr. de 2007, quem somam R$ 1 604 171,15 (mais de um milhão e meio em três meses com gastos de correio, combustível, material de escritório e outros!) alguns nomes ficam muito acima da média na gastança, homens e mulheres de partidos diversos:

César Borges (PR-BA) - R$ 34.535,38
Cristovam Buarque (PDT-DF) - R$ 41.360,90
Demostenes Torres (DEM-GO) - R$ 42.313,80
João Ribeiro (PR-TO) - R$ 38.496,20
José Agripino (DEM-RN) - R$ 31.578,52
Kátia Abreu (DEM-TO) - R$ 36.003,25
Lúcia Vânia (PSDB-GO) - R$ 35.624,00
Romeu Tuma (PTB-SP) - R$ 39.702,42

Quantos aos outros, em geral, é fato esperado; mas, chama a atenção figurar nesta safadeza, perdão, nesta vileza, o nome de Cristovam Buarque, pela sua conhecida trajetória como político e educador. Afora isso, sabe-se que, em geral, nos editais públicos, os contemplados na sociedade civil não têm a possibilidade de repasse de verba não gasta para o mês seguinte (os senadores têm!), além de ser prática consagrada em todos os casos o uso de notas frias para o fechamento de contas, ou seja, geralmente não se gasta com o que se disse que se gastou. Em tempo, um contraponto da atitude de dois homens opostos: Eduardo Suplicy - político sabidamente de caráter raro - merece destaque com o menor gasto no trimestre em questão: R$1.636,19; e Romeu Tuma, um dos campeões em desrespeito ao dinheiro do cidadão, que foi apontado por Sarney para ocupar a corregedoria do Senado. Tuma, aliás, "gastou" em média R$ 13 mil por mês com gasolina, papel sulfite e outras coisinhas mais, donde pode-se depreender que ou Tuma desviou esse dinheiro para outros fins, ou Tuma não trabalhou no trimestre, ficando diuturnamente apenas dando voltinhas de carro com seu motorista em torno do Lago Paranoá e atirando bolinhas de papel pela janela... Curiosamente, em 2001 (há quase uma década!), O Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas divulgou um estudo, baseado na existência no País, então, de 50 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de indigência (29,3% da população), recebendo uma renda mensal inferior a R$ 80,00 per capita. O estudo da FGV apontava que para erradicar este quadro de miséria seria necessária a aplicação de R$ 1,69 bilhão por mês (2% do PIB), o que significaria uma contribuição mensal de R$ 10,40 por brasileiro, tendo como base a renda per capita do país. A idéia desta pesquisa era mostrar como custa pouco erradicar a pobreza ao fornecer dados exatos de quanto seria preciso para tirar 50 milhões de brasileiros da indigência, segundo o coordenador do estudo, Marcelo Neri. Resumindo: o Governo não resolve efetivamente o que tem que ser resolvido unicamente porque não quer resolver. Traduzindo, isso é a tal da falta de vontade política, ladainha tão propalada como obstáculo. Lamentavelmente, do modo como as coisas são e estão, a legião de miseráveis, desempregados e desinformados não tem força para lutar contra os verdadeiros ladrões que roubam o dinheiro e a dignidade dos brasileiros: e não são aqueles que te colocam uma arma na cara no semáforo ou numa rua escura, pois estes também estão sendo roubados. São unicamente os que você elege com o teu tão valorizado voto.

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

QUEM SOU EU

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Salvador, BA, Brazil
Sou paulista, tenho 44 anos, e a seis anos moro em Salvador, Bahia, aonde vim fazer meu mestrado em arte-educação na Universidade Federal da Bahia. Sou professor de Metodologia de Pesquisa Científica na Faculdade São Tomaz de Aquino, nos cursos de Direito, Pedagogia e Comunicação. Presto serviços em Metodologia de Pesquisa Científica - minha especialidade - e Redação pela TEXTO&CONTEXTO: cursos, consultoria e normatização para textos científicos. Tenho atuado a mais de 15 anos junto a alunos de graduação e pós-graduação de universidades como UFBA, Uneb, USP, Unicamp, Unesp, UFPE, UFSC, FGV e universidades de Portugal e África, dentre outras. Em 2008, iniciei disciplinas no doutorado em Educação na UFBA como aluno especial.

ESTRADA

  • Nasci em São Paulo, capital, e fui criado no bairro da Moóca, tipicamente de classe média italiana, nascido como bairro proletário.
  • Nos anos de 1987 e 1988 fui membro individual da Anistia Internacional e em 1989 fui membro de grupo, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.
  • Em 1989, iniciei bacharelado no Instituto de Artes da Unicamp.
  • Em 1993, trabalhei como voluntário responsável pela biblioteca no Centro Boldrini, hospital referência no tratamento do câncer infantil, em Campinas.
  • Em 1996, com mais seis amigos, fundei o Centro de Cultura e Convívio Cooperativa Brasil, em Campinas.
  • Em 2000, escalei o vulcão Villarica, no Chile, o mais ativo da América do Sul, com quase 4 mil metros.
  • Em 2001, conclui especialização em Metodologia de Pesquisa Científica pela Unicamp.
  • Em 2003, graduei-me na ABADÁ-Capoeira.
  • Em 2007, conclui mestrado na área de arte-educação pela UFBA.
  • Desde 2007, sou membro da Igreja Batista da Graça.
  • Atualmente, sou Membro Internacional e de Rede de Ação Urgente da Anistia Internacional, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.

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