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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DEMOCRACIA?

(Foto: Serkan Gulsen)

Democracia, resumindo, é apenas liberdade de voto, culto, expressão e outras licenças mais? Entretanto, do que me vale poder expressar-me ou votar ou cultuar ou exercer qualquer outro direito, se pessoas passam fome, são oprimidas, exploradas, não têm direito à segurança, saúde, educação, emprego, moradia e dignidade? Dessa forma, num sentido mais amplo, democracia no Brasil não é e nunca foi uma realidade, antes uma figura de retórica em que se apóiam políticos em discursos vazios e oportunistas, como os do feudalista Sarney, que, segundo a BBC Brasil, em carta-resposta à inglesa Economist, por artigo intitulado Onde os dinossauros ainda vagam (muito apropriado), afirma: “A História vai julgar o papel que cumpri, mas eu sou conhecido como o presidente da transição democrática [...] e que priorizou o desenvolvimento social. Isto permitiu o florescimento de uma sociedade verdadeiramente democrática e abriu caminho para a eleição de um operário como Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência". Os grifos são meus... Estou a pensar o que José Sarney considera por “desenvolvimento social” ou por “sociedade verdadeiramente democrática”... É de se estranhar, pois se pode acusar Sarney de muitas coisas - corrupção, nepotismo, improbidade administrativa, peculato, apadrinhamento, conchavo, submissão, ineptidão, incomplacência, convolação, cinismo, oportunismo etc. - menos de ser um homem inculto, desinformado e despreparado. É advogado e, inclusive, escritor (?!) e membro da ABL com pretensões, até, à sua presidência. Além de estar há meio século na vida pública (donde o “dinossauros”). Então, obviamente, Sarney tem consciência do que seja “desenvolvimento social” e “sociedade verdadeiramente democrática”. Tanto no plano das idéias, quanto no da realidade. Seja através da leitura de intelectuais consistentes, seja na percepção de outras sociedades, contemporaneamente ou através da história. Ou, até, pelo contraste da ausência, no exame do seu Estado, o Maranhão, um dos mais atrasados e antidemocráticos da Federação, ao longo de seus governos e do de Roseana Sarney. Toda esta bagagem instrumentaliza Sarney a estabelecer relações concretas com o caso brasileiro e, daí, a extrair conclusões. Todavia, em sua carta ao periódico inglês, Sarney conclui que o Brasil é um País “desenvolvido socialmente”, além de ser uma “sociedade verdadeiramente democrática”!... Sendo assim, a fala de Sarney requer, ainda, um breve e fundamental exercício de hermenêutica, isto é, extrair das entrelinhas, do discurso, seu real significado, sua real intenção, o que está por trás do dito. Ou Sarney crê mesmo no que disse, e isto já está refutado dada sua consistente experiência e formação, ou Sarney é um perfeito cínico, sem escrúpulos, por afirmar a uma conceituada revista estrangeira - do alto do cargo que ocupa, um dos principais da República - uma rematada mentira. O artigo defende, também, que a eleição de Sarney para a presidência do Senado seria uma vitória do feudalismo e que o Sr. José deveria se aposentar e que ele teria sido um Presidente da República acidental e sem distinção. Em contrapartida, Sarney, iludido, se compara a Churchill, Adams e Kennedy... Porém, e aí devo confessar que Sarney acerta, ele também se compara aos Bush... Meu caro leitor, quem terá a razão neste embate de gigantes? Questão extremamente difícil sobre a qual vou passar meu carnaval, em Salvador, meditando... Em tempo: não devemos esmorecer, porque até os poderosos e soberanos dinossauros, um dia, enfim, terminaram extintos...

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Depois de prefixo, quando a segunda palavra começar com s ou r, as consoantes devem ser duplicadas. Exemplos: antirreligioso, antissemita, contrarregra. No entanto, o hífen será mantido quando os prefixos terminarem com r, como hiper-, inter- e super-. Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

QUEM SOU EU

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Salvador, BA, Brazil
Sou paulista, tenho 44 anos, e a seis anos moro em Salvador, Bahia, aonde vim fazer meu mestrado em arte-educação na Universidade Federal da Bahia. Sou professor de Metodologia de Pesquisa Científica na Faculdade São Tomaz de Aquino, nos cursos de Direito, Pedagogia e Comunicação. Presto serviços em Metodologia de Pesquisa Científica - minha especialidade - e Redação pela TEXTO&CONTEXTO: cursos, consultoria e normatização para textos científicos. Tenho atuado a mais de 15 anos junto a alunos de graduação e pós-graduação de universidades como UFBA, Uneb, USP, Unicamp, Unesp, UFPE, UFSC, FGV e universidades de Portugal e África, dentre outras. Em 2008, iniciei disciplinas no doutorado em Educação na UFBA como aluno especial.

ESTRADA

  • Nasci em São Paulo, capital, e fui criado no bairro da Moóca, tipicamente de classe média italiana, nascido como bairro proletário.
  • Nos anos de 1987 e 1988 fui membro individual da Anistia Internacional e em 1989 fui membro de grupo, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.
  • Em 1989, iniciei bacharelado no Instituto de Artes da Unicamp.
  • Em 1993, trabalhei como voluntário responsável pela biblioteca no Centro Boldrini, hospital referência no tratamento do câncer infantil, em Campinas.
  • Em 1996, com mais seis amigos, fundei o Centro de Cultura e Convívio Cooperativa Brasil, em Campinas.
  • Em 2000, escalei o vulcão Villarica, no Chile, o mais ativo da América do Sul, com quase 4 mil metros.
  • Em 2001, conclui especialização em Metodologia de Pesquisa Científica pela Unicamp.
  • Em 2003, graduei-me na ABADÁ-Capoeira.
  • Em 2007, conclui mestrado na área de arte-educação pela UFBA.
  • Desde 2007, sou membro da Igreja Batista da Graça.
  • Atualmente, sou Membro Internacional e de Rede de Ação Urgente da Anistia Internacional, escrevendo cartas para chefes de Estado e de Governo do mundo todo em prol de presos políticos e de consciência.

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